quarta-feira, 16 de junho de 2010

Bicho de sete cabeças

O início do filme nos traz a imagem de alguns de nossos jovens e, no tocante aos professores, a de alunos que trazem problemas e geram enormes dificuldades para o exercício de nossa função. Há, inclusive, uma sintomática sequência que se desenvolve numa sala de aula, onde o personagem central, Neto (vivido por Rodrigo Santoro, surpreendente e bastante a vontade no papel) está totalmente desvinculado daquilo que está acontecendo na sala de aula, literalmente "no mundo da lua", desprezando solenemente a presença do professor.
Outras questões importantes que podemos inferir a partir do filme referem-se a própria conduta da escola no que se refere a forma como as aulas são conduzidas, seus métodos, a comunicação e sua efetivação dentro de uma classe, os recursos que estão sendo utilizados, o diálogo entre os professores e os alunos e entre a escola e os pais; afinal, temos uma parcela de responsabilidade se pensarmos que, enquanto educadores, devemos fazer com que nossos alunos aprendam nossos conteúdos e, também, assumam responsabilidades e tenham posturas definidas quanto a vida, permitindo que eles tenham condições de evitar as armadilhas do cotidiano, entre as quais, a droga se inclui.
É perceptível, nesse aspecto, que não estamos cumprindo com nossos compromissos de forma plena. Temos nos preocupado muito com os conteúdos e pouco com a formação de conceitos seguros de cidadania, ética e responsabilidade social. O filme da diretora Laís Bodanzky nos dá uma alfinetada que deve doer no fundo da alma, que deve servir para abrir nossos olhos, que deve nos mobilizar em direção a práticas que nos permitam auxiliar e resgatar nossos jovens dos caminhos da droga.


Aluna: Cintya Patricia de Albuquerque Tormes - 10926384

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