segunda-feira, 5 de abril de 2010

PARA REFLETIR SOBRE O SOMOS E O QUE PARECEMOS SER

O IDIOTA E A MOEDA - Arnaldo Jabor

Conta-se que numa cidade do interior um grupo de pessoas se divertia com o idiota da aldeia. Um pobre coitado, de pouca inteligência, vivia de pequenos biscates e esmolas.
Diariamente eles chamavam o idiota ao bar onde se reuniam e ofereciam a ele a escolha entre duas moedas: uma grande de 400 RÉIS e outra menor de 2.000 RÉIS. Ele sempre escolhia a maior e menos valiosa, o que era motivo de risos para todos.
Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e lhe perguntou se ainda não havia percebido que a moeda maior valia menos.
- Eu sei, respondeu o tolo. "Ela vale cinco vezes menos, mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou mais ganhar minha moeda”.
Podem-se tirar várias conclusões dessa pequena narrativa.
A primeira: Quem parece idiota, nem sempre é.
A segunda: Quais eram os verdadeiros idiotas da história?
A terceira: Se você for ganancioso, acaba estragando sua fonte de renda.
Mas a conclusão mais interessante é: A percepção de que podemos estar bem, mesmo quando os outros não têm uma boa opinião a nosso respeito.
Portanto, o que importa não é o que pensam de nós, mas sim, quem realmente somos.
O maior prazer de um homem inteligente é bancar o idiota diante de um idiota que banca o inteligente.
Preocupe-se mais com sua consciência do que com sua reputação.
Porque sua consciência é o que você é, e sua reputação é o que os outros pensam de você. E o que os outros pensam... é problema deles.(Arnaldo Jabor)

Maria do Rozário Fonseca

6 comentários:

  1. Rozario que legal,essa narração é bem interessante e nós faz entrar em reflexão por cada ato que executamos em nossas vidas.xero

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  2. FOI BRILHANTE QUE FEZ O COMENTÁRIO,ACIMAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

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  3. O texto fala da diferença entre a consciência de si e a reputação. Não é fácil conviver com os outros quando se tem uma má reputação (ser desprezado/a, menosprezado/a). Nesse contexto, não há perspectiva de felicidade para nenhum dos lados.

    Mas será que precisa haver uma cisão entre consciência e reputação? Só quando diferenças e conflitos estão em jogo.
    Melhor é alguém ser reconhecido e valorizado por suas qualidades positivas.

    Na história relatada há claramente competição sobre quem é mais inteligente, as pessoas se divertem com a suposta falta de inteligência do outro.

    Não quero viver esse tipo de prazer: "O maior prazer de um homem inteligente é bancar o idiota diante de um idiota que banca o inteligente." Prefiro outros prazeres.

    Ok, é melhor se preocupar prioritariamente com a própria consciência do que com a reputação. Até certo ponto, "o que os outros pensam... é problema deles." Pois o que os outros pensam me afeta também, nos afeta a todos.

    Acho que o livro do Dalai Lama traz reflexões bem mais porfundas do que essa de Arnaldo Jabor.

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  4. Podemos parecer o que realmente somos e ser apreciados positivamente?

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  5. Concordo com a senhora,
    Realmente, quando se tem uma má reputação, não se é feliz e, não deixamos os que estão a nossa volta sejam também felizes, pois para sermos felizes é necessário que estejamos em harmonia conosco e com o mundo que nos cerca.
    Nada é mais gratificante do que ser reconhecido e valorizado por nossas qualidades positivas.
    Infelizmente, as pessoas sempre querem se sobresair as outros, e, é bom nos preocupar com a própria consciência, mas devemos também nos preocurar com a nossa reputação. Pois o que os outros pensam, direta ou indiretamente nos afeta, e tudo que nos afeta, afeta a todos que estão a nossa volta.
    Acho que muitas pessoas não querem ter o prazer de ser inteligente bancando o idiota diante de um idiota que banca o inteligente, pois existem "ns" prazeres para serem sentidos e vividos, e quando somos autenticos e nos apresentamos como realmente somos, não há porque não sermos apreciados positivamente.

    Quando ao livro do Dalai Lama, não se pode comparar as reflexões porfundas que o mesmo traz com essa reflexão de Arnaldo Jabor. Mas sempre é bom refletir sobre tudo que nos faz pensar e que pode nos levar a ser pessoas melhores.(vez por outra, um choque na conciência é muito positivo, nos trás de volta a realidade e nos faz agir com mais razão).

    Maria do Rozário Fonseca

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  6. Sim, pois a autenticidade humana revela sua índole, sendo assim propício para uma avaliação positiva do mesmo, onde o ser humano mostra aquilo que é, e não aquilo que os outros desejam que ele seja.
    Francisca Jocineide da Costa e Silva

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