segunda-feira, 19 de abril de 2010

COMENTÁRIO DO FILME PÁTRIA PROIBIDA

COMENTÁRIO DO FILME PÁTRIA PROIBIDA

O Filme “Pátria Proibida" com Direção de Christopher Dillon e Tommy Quinn mostra a trajetória dos meninos do Sudão, desde a África até seus primeiros anos nos Estados Unidos da América. Enfocando a solidariedade, companheirismo, amizade, união e cultura dessas crianças de tribos do Sudão, que em 1987, durante a sangrenta guerra civil devido o governo muçulmano do Sudão, ter decretado a morte dos pequenos cristãos do sul do país, mais de 25.000 meninos, em decorrência dessa perseguição, fugiram a pé para a Etiópia. Um deles, chamado John Bul Dau, como era o mais alto, passou a ser responsável por uma tropa enorme de meninos fugitivos, e cita que boa parte deles não conseguiu sobreviver, por doenças, falta de alimentos, de água potável, e ataques de animais selvagens, chegando ao Kakuma, campo improvisado pelas Nações Unidas mais ou menos 12.000 sobreviventes e que uma das piores experiências que teve, foi ter que enterrar os meninos que morriam. Depois de algum tempo, partiram novamente, só que desta vez para o Quênia. Trabalhos realizados por Instituições cristãs encaminharam para vários estados americanos alguns jovens que foram apelidados de “os meninos perdidos do Sudão”. Depois que foram, alojados e regularizados pelos seus responsáveis, começaram a trabalhar no intuito de ajudar seus irmãos africanos. Não foi fácil habituar-se aos costumes americanos, eles comiam com as mãos, e tentavam preservar costumes do seu povo, além de que, vez por outras, eles ficavam desorientados, tendo um deles se perdido e só sido encontrado depois de 3 dias. Eles culpam o governo da África pelas desgraças sofridas pela população, dizendo que os seus líderes só pensam em seu bem estar, não se importando com o povo e acham uma vergonha o Sudão estar em guerra. Muitos passaram a fazer parte de programas de apoio aos refugiados e John Bul Dau nunca desistiu de encontrar sua família, tanto tentou que conseguiu saber que sua mãe e irmãos estavam vivos. Desistiu de estudar para trabalhar os três expedientes e mandar dinheiro para eles, pois já mandava dinheiro para os meninos refugiados. Depois de dezessete anos separados, conseguiu que sua mãe e irmãos fossem trazidos para perto dele, reforçando suas perspectivas para o futuro. Outro deles, foi para a África, realizar um sonho, trazer a namorada, casar e continuar a luta pela paz e libertação do Sudão.

Este filme é uma lição de vida, nos mostra uma realidade que custamos a acreditar que possa existir. Crianças sem ter ninguém para cuidar delas, perambulando sozinhas a mercê da sorte, enfrentado a fome, doenças, sede e toda sorte de desgraças. Tendo que se apoiar umas nas outras para tentar sobreviver. Mas apesar de todas as intempéries, alguns conseguiram seleção para tentar a vida em várias cidades dos Estados Unidos da América. Mas o sofrimento enfrentado por eles, faz a solidariedade crescer ao ponto de focarem seus trabalhos nos que ficaram no campo de refugiados, e sentem-se responsáveis pelos que não conseguiram sair de lá. Eles são mais unidos que a maioria das família de sangue que viver bem financeiramente e que infelizmente, não dão valor ao que possuem e muitas vezes não dão valor a família que tem. Espero que quem assistir este filme, o tome como exemplo para melhorar suas relações em todos os sentidos e mudar sua visão de felicidade.
Maria do Rozário Fonseca

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