sábado, 1 de maio de 2010

TAPETE VERMELHO

Tapete vermelho Trata-se de um filme muito divertido, que resgata com bom humor o brasileiro interiorano e também critica o estado atual do país. A viagem de Quinzinho e família em busca de um cinema para exibir um filme de Mazzaroppi é, ao mesmo tempo, uma crítica à própria falta de salas no país e também à falta de memória da população. A cena, já no final, em que Quinzinho diz que "o gerente nem sabe quem é Mazzaropi" é um retrato fidelíssimo do que acontece atualmente, onde nomes importantes da nossa história e cultura são quase que ignorados. A viagem mostra também um pouco das mudanças pelas quais o interior passou, especialmente ao comparar as lembranças de Quinzinho quando garoto com o momento atual, e ainda algumas crendices populares, como as subtramas do tocador de viola e da cobra que invade o quarto. Todas de forma bem leve, sem perder o ritmo da trama. Vale ressaltar também o belo desempenho do trio protagonista, especialmente Matheus Nachtergaele, que capta todas as atenções assim que surge em cena pela 1ª vez. Gorete Milagres, em uma interpretação contida, e Vinícius Miranda, que transmite a vibração de uma criança por conhecer algo novo, também estão muito bem. Um filme muito bom, dos melhores do cinema brasileiro deste ano, que merece atenção maior por parte do público em geral.

Evanuza Datista dos Santos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário