domingo, 30 de maio de 2010

Segunda tarefa do potifólio

Interculturalidade: Por uma genealogia da discriminação
Vivemos hoje em um contexto de crescente intolerância étnica, cultural e religiosa.
A diversidade tem se tornado um tema central nas questões sociais. Os movimentos das minorias crescem aceleradamente buscando no Estado o reconhecimento legal de sua identidade, e recursos para preservar suas especificidades (Bernhabib, 2005, p.17). Essas lutas por reconhecimento de identidades culturais tem sido direcionadas para bases étnico-religiosas.
Segundo Huntington, (1993), "as questões culturais e de identidade religiosa assumiram o primeiro lugar como causa de conflitos no mundo pós guerra-fria".
Cada país elabora suas próprias leis de combate à discriminação segundo a "Declaração Universal dos Direitos Humanos", elaborado pela ONU e sancionada em 1948.
A discriminação está no nosso cotidiano e pertence à ordem das escolhas que devemos continuamente fazer, que faz-nos sentir mais certos do que os outros. Quanto mais somos convencidos de uma verdade ou de uma escolha, menor será a nossa capacidade de aceitar outras opiniões e argumentos, fazendo vir à tona o sectarismo, o dogmatismo, a prepotência e outros sentimentos de intolerância.
Após algumas guerras e revoluções mundiais, alguns países buscaram refúgio em países vizinhos, levando consigo sua cultura. Para alguns autores, a integração dos povos islâmicos em outros países é mais difícil pelo fato de não separarem política e religião. Fala-se do véu (chadar) e vestido (burqa) islâmico, do papel subalterno da mulher, submetida aos ditames religiosos, diferente dos católicos, que aprenderam a conviver com a religião de maneira mais livre. Por exemplo, o divórcio, o sexo antes do casamento, o aborto são práticas recriminada pela igeja, mas presentes em socieddes de maioria católica, como a Itália e a Espanha.
Outro exemplo de disputa religiosa refere-se a uma causa judiciária que reivindicava a retirada de símbolos religiosos das salas de aula, nas escolas públicas da Itália. A causa foi julgada em março de 2006 e a decisão foi a favor da permanência dos crucifixos nas salas de aula, com o pretexto de que este símbolo expressa valores cívicos.
"Antes de ditar aos outros os nossos valores universais, seria oportuno perguntar a eles o que pensam: se admitimos que os outros não são menos humanos do que nós, as suas opiniões pesam como as nossas na balança" (Todorov, 2005.p.44).
Verificam-se muitos esteriótipos na convivência intercultural, o que nos demonstra a importância de reconhecer diferentes culturas, identidades, mantendo porém a clareza que essas não são realidades homogêneas. A diversidade - e não a homogeneidade - distingue uma cultura vital e em contínua transformação (Bernhabib, 2005, p31; Lanzillo, 2005, p.102; Mantovani, 2004m p.8.
Algumas culturas, movidas por questões religiosas, praticam a clitoridectomia e a infibulação. Ao saírem de seus países de origem levam consigo essas tradições e os países receptores, por não aceitarem, são acusados de preconceituos e de não reconhecer identidades culturais.
Podemos concluir dizendo que a interculturalidade é associada a lutas por reconhecimento de identidades. Não é somente uma questão de solidariedade, mas significa também a revisão de princípios de sua vida coletiva.

Educação, Diferença, Diversidade e Desigualdade

Abordar em conjunto a misoginia, a homofobia e o racismo não é apenas uma proposta absolutamente ousada, mas oportuna e necessária. Aqui no Brasil, esses três campos disciplinares distintos são estudados separadamente.
No projeto Gênero e diversidade na escola busca-se estimular a crítica em relação aos processos de naturalização da diferença. As escolas devem estimular uma reflexão, para que os alunos possam construir sua própria opinião sobre o assunto.
Ao discutir tais questões os professores estão contribuindo de forma modesta, para formação de pessoas com espírito crítico.
Portanto, se o projeto Gênero e diversidade na escola contribuir, um pouco que seja, para a formação de uma geração que entenda o caráter vital da diferença, já terá cumprido em grande medida seu objetivo.

Alunas: Luzimeire Meireles
Keylla M. Gomes - 10926187

2 comentários:

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  2. Penso que é como a professora Maria Eulina falou, nós não somos melhor do que os homossexuais, porque somos heterossexuais. Então temos que respeitar as diferenças, e como futuros educadores, aceitar e saber lidar com a diversidade na sala de aula. Por que iremos influenciar nossos alunos de alguma maneira. E como será se nós não nos importarmos com as opiniões alheias?

    Rebeca Ferraz.

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